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Com a verba para a primeira etapa das obras e caução da construtora já garantidas, assinatura do contrato é o último passo para o início do trabalho.

Os trâmites burocráticos em andamento para viabilizar o início da construção da ponte que vai ligar os municípios de Três Lagoas (MS) e Castilho (SP), pela BR 262, estão chegando ao fim. Na última terça-feira (5), foi publicada uma nota de empenho no valor 30 milhões de reais, suficiente para execução da primeira parte da obra, orçada em 113 milhões.

Quem afirma é o chefe do Serviço de Engenharia do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Mato Grosso do SulGuilherme Alcântara de Carvalho. Segundo o engenheiro, a construtora vencedora da licitação do último ano – a potiguar A. Gaspar S.A. – também já encaminhou a caução do empreendimento, ou seja, assegurou o recolhimento de um percentual, previsto no edital, como forma de garantia da realização da obra.

A próxima etapa é a assinatura do contrato, cuja publicação no Diário Oficial possibilita a instalação do canteiro de obras e o início da construção. “Ainda não temos uma previsão exata de quando isso deve acontecer, mas podemos dizer que falta muito pouco para o início efetivo das obras”, informa Carvalho. “Todo começo de obra é demorado, mas não tenho dúvida de que agora nós temos condições de realizar o sonho da construção da ponte que une Três Lagoas a Castilho”.

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Cuidados ambientais

Durante as fases de implantação e execução da obra, uma série de programas devem ser realizados para garantir tanto o bom andamento quanto o licenciamento ambiental do empreendimento. Dois deles já iniciaram suas atividades, conforme as exigências requeridas para a renovação da licença de instalação da obra, cujo pedido já foi protocolado pelo DNIT. Tratam-se dos programas de educação ambiental e comunicação social, que vêm sendo desenvolvidos desde outubro do ano passado em ambos os municípios. Eles fazem parte do trabalho de gestão ambiental da obra, realizado pelo Projeto GPontes – uma parceria entre o DNIT e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI), cujo objetivo é cumprir as condicionantes para a emissão das licenças requeridas por órgãos ambientais.

Dentre outros programas a serem desenvolvidos estão o de proteção dos corpos hídricos (monitoramento da qualidade da água), o de controle de ruídos e o de proteção da fauna e da flora.

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Construção de um novo cenário

Uma vez iniciada, o tempo de execução da obra deve ser de 36 meses. A ponte, com extensão de 1.344 metros, ficará situada entre a barragem da Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias, conhecida como Jupiá, e a ponte ferroviária Francisco Sá. Os acessos serão compostos por uma pista de rolamento com duas faixas de tráfego e acostamentos, com extensão total de sete quilômetros e meio – sendo três quilômetros e meio no lado sul-matogrossense e outros quatro na margem paulista. Pelo lado de São Paulo, eles partirão da rotatória de início da rodovia Marechal Rondon (SP 300); pelo Mato Grosso do Sul, devem começar na rotatória próxima à delegacia da Polícia Rodoviária Federal, no início da BR 262, conhecida como trevo da Cesp (Companhia Enérgica de São Paulo). Mas as mudanças no cenário trazidas pela obra devem ter reflexos muito além da paisagem: “A principal mudança que essa ponte vai trazer é a ligação de uma rodovia que faz jus ao desenvolvimento da região”, avalia Carvalho.