Localizada na hidrovia Paraguai-Paraná, em Corumbá (MS), região é considerada crítica para navegação por conta de problemas com assoreamento

 

O engenheiro civil do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura da Universidade Federal do Paraná (ITTI-UFPR) Philipe Ratton apresentou, durante o XXVI Congresso Nacional de Ensino e Pesquisa em Transporte, realizado em Joinville (SC) entre os dias 28 de outubro e 1º de novembro, o trabalho “Aplicação de estudos prévios de modelagem para a definição da geometria estrutural de pontes”.

 

O Congresso, que é organizado pela Associação Nacional de Ensino e Pesquisa em Transportes (ANPET), é um espaço que busca facilitar a transferência de tecnologia gerada nos centros de pesquisa para o setor produtivo por meio de incentivos à participação de representantes de diversos setores.

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O trabalho apresentado pelo engenheiro do ITTI consiste na descrição de como a construção de pontes podem alterar as condições de navegabilidade de um rio, a partir da exemplificação da construção da ponte ferroviária Eurico Gaspar Dutra, localizada no Passo do Jacaré, na Hidrovia Paraguai-Paraná, em Corumbá (MS). Em 2011, o ITTI-UFPR elaborou os estudos ambientais e o projeto de dragagem do trecho.

 

“A implantação de obras como pontes, túneis e viadutos é considerada pela legislação ambiental como uma atividade que utiliza recursos ambientais e, por conta disso, é capaz de causar degradação e ser potencialmente poluidora. Na região do Passo do Jacaré isso pode ser percebido pela questão do assoreamento”, explica o engenheiro.

 

A hidrovia Paraguai-Paraná, que passa por cinco países, é um dos mais extensos e importantes trechos de integração política, social e econômica da América do Sul. A ponte ferroviária Eurico Gaspar Dutra é o principal obstáculo artificial em todo o trecho brasileiro da hidrovia.

 

“O resultado disso é o prejuízo da operacionalidade da hidrovia, principalmente na época de estiagem, quando os comboios têm dificuldades em trafegar neste local devido às restrições de profundidade”, complementa Philipe.

 

O trabalho foi produzido com a coautoria do professor do Departamento de Transportes da UFPR e coordenador de Projetos do ITTI, Eduardo Ratton, do representante da Diretoria de Infraestrutura Aquaviária (DAQ) Paulo Roberto Coelho de Godoy, do professor do Departamento de Engenharia Ambiental Maurício Felga Gobbi e da professora do Departamento de Transportes Gilza Fernandes Blasi.

 

Hendryo André
Assessoria de comunicação
ITTI – Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura
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