Em reunião com DNIT, UFPR/ITTI apresenta nova metodologia para elaboração de inventário florestal
O professor Dr. Dartagnan Baggio Emerenciano, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), junto com uma equipe de pesquisadores do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI), apresentou ao Departamento de Transportes e Infraestrutura (DNIT) resultados da pesquisa que define uma nova metodologia que pode servir de base para a elaboração de inventários florestais nas faixas de domínio de rodovias federais. A reunião foi realizada em Brasília na última semana.
A principal vantagem da metodologia apresentada pela Universidade é que ela garante que todas a as exigências dos órgãos ambientais sejam atendidas em menor tempo e com menor custo.
O trabalho foi desenvolvido durante a elaboração do inventário florestal do trecho não concessionado da BR-116, no Rio Grande do Sul, para obtenção de Autorização de Supressão Vegetal. O estudo faz parte da Meta 3 do Termo de Execução Descentralizada celebrado entre a UFPR e DNIT, que consiste na elaboração de estudos ambientais para a regularização ambiental da Rodovia nos estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Dos 2.208,34 km que fazem parte da cooperação entre as duas entidades, 390 km estão situados no estado do Rio Grande do Sul e foram inventariados pela equipe da UFPR/ITTI em um trabalho que durou cerca de seis meses, sendo que os trabalhos de campo foram realizados em agosto de 2016.
Nesse trecho (entre o rio Pelotas na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul e a cidade de Camaquã), o traçado da BR-116 passa por 24 municípios e dois biomas: o Bioma da Mata Atlântica (37% do território estadual) e o Bioma Pampa (67% do território estadual).
Trabalho
Os levantamentos de campo foram executados por meio do método de amostragem de área fixa e processo de amostragem aleatória simples, com áreas amostrais variáveis acumulativas de 400m2, 600 m2, 800 m2 e 1000m2 nas seguintes fitofisionomias: Floresta Estacional Decidual Montana, Floresta Estacional Decidual Submontana, Floresta Estacional Semidecidual de Terras Baixas e Floresta Ombrófila Mista Montana. O objetivo principal foi determinar a área amostral ideal para o levantamento de dados em campo com maior eficiência. O processamento dos dados foi executado com o software Mata Nativa, cujas licenças foram cedidas ao ITTI para avaliações e aprimoramentos que sejam necessários para melhoria do programa.
Emerenciano explica que a equipe está coordenando o desenvolvimento e aplicação de software para organização, sistematização, quantificação e identificação automática de espécies de vegetação arbórea a partir de imagens aéreas de baixa altitude, obtidas com drone, e com aplicação de técnicas de reconhecimento de padrões. “Com isso o processo de estratificação se tornará mais eficiente permitindo a identificação com maior precisão das amostras pertencentes à mesma tipologia florestal”, ressalta o professor.
O Relatório Técnico elaborado pela UFPR/ITTI possibilitará a verificação e a avaliação da fitofisionomia, do estado de conservação da cobertura vegetal, da composição florística e da organização das estruturas verticais e horizontais das formações florestais, conforme as determinações contidas na instrução normativa do Ibama.
O próximo passo da UFPR/ITTI em conjunto com o DNIT é agendar a apresentação do estudo ao IBAMA visando adequações e aprimoramento ao que atualmente dispõe a instrução normativa do IBAMA (Termo de Referência) para inventários florestais.
Assessoria de Comunicação Social
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