Especialistas e técnicos em portos debatem logística para transporte de cargas
Seminário abre espaço para discussões em torno de melhorias nas zonas portuárias brasileiras
 
Gestão eficiente no transporte de produtos. Esse foi o tema do “VI Seminário SEP de Logística e III Feira de Tendências de Logística do Norte e Nordeste”, que aconteceu entre os dias 22 e 25 de novembro, em Fortaleza (CE). Especialistas de Cingapura, Portugal, Panamá e regiões brasileiras relataram experiências de sucesso e dificuldades na logística portuária. Além disso, o Seminário discutiu estratégias para a movimentação de produtos com mais rapidez, segurança e menor custo.
 
O ministro de Estado da Secretaria de Portos, José Leônidas de Menezes Cristino, abriu o evento comentando a importância dos portos como elo dos vetores logísticos, por onde passa 95% do fluxo do comércio exterior nacional.
 
“O segmento de Logística Portuária recebe incrementos em inovação quando há compartilhamento de experiências entre portos”, comenta o advogado do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI), Ruy Zibetti. Também representaram o ITTI no evento o coordenador geral, Eduardo Ratton, e o engenheiro civil Leopoldo de Castro Campos.
 
Entre os relatos feitos por autoridades de diversas regiões, Zibetti destaca as experiências portuárias em Cingapura. “A dinâmica utilizada nos serviços portuários lá ajuda absorver maior demanda internacional, principalmente containers. Com certeza é um exemplo para os trabalhos em portos no Brasil”, afirma.
 
Entre os principais temas discutidos, o projeto “Porto Sem papel” ganhou ênfase. O PSP deve integrar 20 portos até 2011 em um sistema de desburocratização para carga e descarga. A estratégia é criar uma janela única para o preenchimento dos formulários, o que pode reduzir em até 25% o tempo de estadia dos navios nos portos brasileiros e, ainda, combater o atual uso excessivo de papel.
 
“Com o PSP, há agilidade nos procedimentos. Além de economizar tempo, atrai novas cargas e demandas”, ressalta o advogado.
 
Nas palestras também foram abordadas as estratégias de expansão de portos previstas para a Copa do Mundo de 2014. A Secretaria Especial de Portos deve investir na construção e ampliação de terminais de passageiros de sete portos, localizados nas cidades-sede do Rio de Janeiro (RJ), Santos (SP), Recife (PE), Salvador (BA), Natal (RN), Fortaleza (CE) e Manaus (AM).
 
O Seminário culminou com a visita dos seminaristas ao Centro Vocacional Tecnológico Portuário da Companhia de Docas do Ceará (CVT).
 
Compareceram ao evento empresas importadoras e exportadoras, empreiteiros, construtores, operadores de logística, governos em todas as esferas, agentes aduaneiros e alfandegários e autoridades portuárias.
 
BOX – Relevância dos portos
De acordo com a Secretaria de Portos, as relações comerciais brasileiras com outros países triplicaram na última década, movimentando, só em 2010, U$ 384 bilhões. Apenas em relação ao ano passado, o comércio exterior já cresceu 11%. Como o país conta com uma costa de 8,5 mil quilômetros navegáveis, o Brasil possui um setor portuário que movimenta anualmente 700 milhões de toneladas das mais diversas mercadorias, respondendo por mais de 90% das exportações.
Com o crescimento do setor, a relevância do Norte e do Nordeste passa a ser estratégica, já que geograficamente essas regiões estão mais próximas aos grandes mercados consumidores, como Europa e Estados Unidos. Além disso, os portos nessas áreas contam com incentivos fiscais oferecidos pelos estados dessas regiões, fator que aumenta a competitividade dos produtos nacionais no mercado exterior. Dessa maneira, o seminário pretende consolidar entre os expositores e participantes o fato de que essas regiões possuem infraestrutura portuária capaz de atender as demandas.
Segundo a Secretaria de Portos, o sistema portuário brasileiro é composto por 37 portos públicos, entre marítimos e fluviais. Do total, 18 são delegados, concedidos ou têm operações autorizadas a governos estaduais e municipais. Há ainda 42 terminais de uso privativo e três complexos portuários que operam sob concessão à iniciativa privada.
Seminário abre espaço para discussões em torno de melhorias nas zonas portuárias brasileiras

Gestão eficiente no transporte de produtos. Esse foi o tema do “VI Seminário SEP de Logística e III Feira de Tendências de Logística do Norte e Nordeste”, que aconteceu entre os dias 22 e 25 de novembro, em Fortaleza (CE). Especialistas de Cingapura, Portugal, Panamá e regiões brasileiras relataram experiências de sucesso e dificuldades na logística portuária. Além disso, o Seminário discutiu estratégias para a movimentação de produtos com mais rapidez, segurança e menor custo.

 

O ministro de Estado da Secretaria de Portos, José Leônidas de Menezes Cristino, abriu o evento comentando a importância dos portos como elo dos vetores logísticos, por onde passa 95% do fluxo do comércio exterior nacional.

“O segmento de Logística Portuária recebe incrementos em inovação quando há compartilhamento de experiências entre portos”, comenta o advogado do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI), Ruy Zibetti. Também representaram o ITTI no evento o coordenador geral, Eduardo Ratton, e o engenheiro civil Leopoldo de Castro Campos.

Entre os relatos feitos por autoridades de diversas regiões, Zibetti destaca as experiências portuárias em Cingapura. “A dinâmica utilizada nos serviços portuários lá ajuda absorver maior demanda internacional, principalmente containers. Com certeza é um exemplo para os trabalhos em portos no Brasil”, afirma.

Entre os principais temas discutidos, o projeto “Porto Sem papel” ganhou ênfase. O PSP deve integrar 20 portos até 2011 em um sistema de desburocratização para carga e descarga. A estratégia é criar uma janela única para o preenchimento dos formulários, o que pode reduzir em até 25% o tempo de estadia dos navios nos portos brasileiros e, ainda, combater o atual uso excessivo de papel.

“Com o PSP, há agilidade nos procedimentos. Além de economizar tempo, atrai novas cargas e demandas”, ressalta o advogado.

Nas palestras também foram abordadas as estratégias de expansão de portos previstas para a Copa do Mundo de 2014. A Secretaria Especial de Portos deve investir na construção e ampliação de terminais de passageiros de sete portos, localizados nas cidades-sede do Rio de Janeiro (RJ), Santos (SP), Recife (PE), Salvador (BA), Natal (RN), Fortaleza (CE) e Manaus (AM).

O Seminário culminou com a visita dos seminaristas ao Centro Vocacional Tecnológico Portuário da Companhia de Docas do Ceará (CVT).
Compareceram ao evento empresas importadoras e exportadoras, empreiteiros, construtores, operadores de logística, governos em todas as esferas, agentes aduaneiros e alfandegários e autoridades portuárias.

Relevância dos portos

De acordo com a Secretaria de Portos, as relações comerciais brasileiras com outros países triplicaram na última década, movimentando, só em 2010, U$ 384 bilhões. Apenas em relação ao ano passado, o comércio exterior já cresceu 11%. Como o país conta com uma costa de 8,5 mil quilômetros navegáveis, o Brasil possui um setor portuário que movimenta anualmente 700 milhões de toneladas das mais diversas mercadorias, respondendo por mais de 90% das exportações.Com o crescimento do setor, a relevância do Norte e do Nordeste passa a ser estratégica, já que geograficamente essas regiões estão mais próximas aos grandes mercados consumidores, como Europa e Estados Unidos. Além disso, os portos nessas áreas contam com incentivos fiscais oferecidos pelos estados dessas regiões, fator que aumenta a competitividade dos produtos nacionais no mercado exterior. Dessa maneira, o seminário pretende consolidar entre os expositores e participantes o fato de que essas regiões possuem infraestrutura portuária capaz de atender as demandas.Segundo a Secretaria de Portos, o sistema portuário brasileiro é composto por 37 portos públicos, entre marítimos e fluviais. Do total, 18 são delegados, concedidos ou têm operações autorizadas a governos estaduais e municipais. Há ainda 42 terminais de uso privativo e três complexos portuários que operam sob concessão à iniciativa privada.