Com mais de 200 participantes, evento reuniu representantes do governo, empresários, profissionais, professores e estudantes 

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O 1º Workshop de Rodovias Sustentáveis, realizado na última sexta-feira (27), reuniu mais de 200 participantes, entre estudantes, professores, representantes do poder público, empresários e profissionais envolvidos com a temática do meio ambiente de todo o país. O evento, que é uma iniciativa do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi sediado na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP).

 

O encontro foi aberto com a apresentação da canção “Sustentabilidade: isto é o que importa” (CONHEÇA A NOVA MÚSICA ABAIXO), feita especialmente para o evento pelo cantor e compositor Danylo Johann, seguida da mesa de abertura, que contou com a presença de diversos representantes do poder público. Após a exibição foram iniciadas as palestras, que serviram como espaço para discutir temas como novos desafios na sustentabilidade de rodovias, certificação e gestão ambiental. Por fim, houve uma mesa redonda com conclusões e recomendações para a implantação de rodovias sustentáveis.

 

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Segundo o superintendente do ITTI, Roberto Gregorio da Silva Junior, que foi o mediador da mesa de encerramento do evento, as rodovias sustentáveis devem ser encaradas como uma nova oportunidade para aprender a atuar no mercado. “Tenho certeza de que muitas alternativas foram sinalizadas aqui, tanto para estudantes quanto para aqueles que já estão atuando profissionalmente. É importante entender que a abordagem da sustentabilidade aplicada aos empreendimentos de infraestrutura implica no desafio de romper com práticas e conhecimentos consolidados para que seja possível construir uma nova realidade”, explica.

 

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Opinião semelhante tem a engenheira de produção e consultora da empresa Axia Sustentabilidade, Cyntia Watanabe, que apresentou a palestra Projeto Piloto de Estradas Sustentáveis, referente à implantação de ações de sustentabilidade na Via Dutra (BR 116), entre São Paulo e Rio de Janeiro (CLIQUE AQUI PARA SABER MAIS). “Espero que esse evento tenha sido um grande gerador de conhecimento e de relacionamento. Havia palestrantes aqui de diversos setores e acho muito importante reunir representantes de várias áreas e trazer realmente o que cada um tem de soluções, de conhecimentos e de expectativas em relação ao tema”.

 

De acordo ainda com Watanabe, a noção de sustentabilidade em rodovias deve vincular aspectos ambientais às condições socioeconômicas para as populações afetadas. “O mais importante é que esses planos de ação precisam ser autossustentáveis. Porque após o prazo para a conclusão do projeto na Via Dutra essas ações devem continuar sendo realizadas pelos stakeholders”, completa.

 

No geral, ações realizadas não atingem a sustentabilidade plena
Outro participante do workshop foi o coordenador de Segurança e Meio Ambiente da concessionária Caminhos do Paraná e membro da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), Marlon Fábio Abreu Carvalho, que ministrou a palestra Práticas Sustentáveis nas Concessionárias de Rodovias do Paraná. Segundo dados da ABCR, desde 2003, mais de 1200 toneladas de resíduos foram recolhidas pelas concessionárias em todo o Paraná, ações que, segundo ele, superaram as próprias expectativas do contrato de concessão. “O evento teve como objetivo somar experiências. A ABCR participou para demonstrar as práticas sustentáveis que as concessionárias desenvolvem no âmbito geral de todas as rodovias. Existem inúmeros projetos que são desenvolvidos pelas concessionárias, desde o gerenciamento de resíduos até a educação ambiental”.

 

Para o professor do Departamento de Transportes da UFPR e coordenador de Projetos do ITTI, Eduardo Ratton, que apresentou os projetos de supervisão e gestão ambiental realizados pelo Instituto em várias regiões do país – palestra Novos Desafios na Sustentabilidade de Rodovias –, a sustentabilidade não pode ser atingida sem a diminuição de acidentes com vítimas fatais nas estradas brasileiras, estimadas em 40 mil por ano. O professor trouxe dados que mostram o crescimento da violência no trânsito desde a década de 1970, quando ocorriam em média 10,5 mil óbitos por ano nas estradas brasileiras.

 

“A sustentabilidade passou a ser uma queda de braço entre a sustentação da vida, do consumo e da necessidade humana e a integridade da natureza. Por outro lado, como podemos falar de sustentabilidade num sistema de transporte que mata 40 mil pessoas por ano? E esses números só contemplam as vítimas que morrem no momento do acidente. Aqueles que acabam falecendo no hospital não entram na estatística”, diz.

 

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Hendryo André
Assessoria de comunicação
ITTI – Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura
(41) 3226-6658 | [email protected]