Instituto leva educação ambiental a comunidades da BR 262
Com ajuda de articuladores locais, pedagogas realizam trabalho de conscientização em escolas, assentamentos e aldeias indígenas
 
Com a intenção de envolver e conscientizar setores da população de Anastácio, Miranda e Corumbá sobre impactos da obra na BR 262, o Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura da Universidade Federal do Paraná (ITTI-UFPR) executa o Programa de Educação Ambiental (PEA), que teve início em julho deste ano. O objetivo é levar o ensino sobre meio ambiente a todos os envolvidos na obra, desde operários que estão na reforma da rodovia até aldeias indígenas próximas ao empreendimento.
 
Responsável pelo PEA, a pedagoga Maria Eleonora Cordeiro Ferreira visitou as três cidades e recrutou articuladores locais, que vão intermediar o contato do Instituto com as comunidades e ajudar a definir os temas a serem trabalhados de acordo com as necessidades locais. O projeto será realizado nas escolas Nathércia Pompeo e Gabriel Vandoni de Barros (em Corumbá), XV de Outubro e Pólo Pílad Rebuá (em Miranda) e Jardim Independência e Roberto Scaff (em Anastácio). Além delas, serão contemplados com o curso três assentamentos em Corumbá, duas aldeias indígenas em Miranda, a associação de moradores do Jardim Independência em Anastácio, e também os operários da obra.
 
Ainda neste ano, acontece o primeiro curso de educação ambiental para professores. Também estão previstas palestras e apresentação de filmes temáticos, como o documentário “A história das coisas” (assista ao lado) para sensibilizar a população sobre a necessidade imediata de estabelecer vínculos com a educação ambiental.
 
Confira a íntegra da entrevista com a pedagoga.
 
 
Como foram as visitas ao Mato Grosso do Sul?
Nós iniciamos o trabalho em julho com uma visita a Corumbá, Anastácio e Miranda para fazermos um diagnóstico da situação local em relação à questão ambiental. No começo de outubro, voltamos e fizemos a contratação do pessoal que será responsável pelo desenvolvimento do trabalho na região, que são chamados de articuladores locais.
 
Isso aconteceu porque uma equipe do ITTI não teria a mesma eficácia das pessoas que vivem nessas localidades. Elas têm uma observação mais aprofundada e mais complexa da problemática existente em cada local. Foram escolhidos dois articuladores em cada município, com exceção de Anastácio, onde foi selecionado um articulador. Eles terão a responsabilidade de trabalhar com assentamentos, aldeias indígenas, escolas e com os operários da obra.
 
Nós visitamos as secretarias municipais e estaduais de Educação para apresentar o PEA. Tivemos uma recepção muito positiva.
 
Qual o objetivo do programa?
O objetivo principal é envolver comunidade, escolas e trabalhadores no processo de gestão do ambiente. Isso por meio de ações educativas e processos participativos, nos quais as pessoas discutam, sejam sensibilizadas para um olhar mais atento ao seu redor. Para que, em conjunto, consigam compreender o que levou àquela problemática. E que eles próprios encontrem soluções. Esperamos uma mudança de atitude dessas pessoas. Para alcançarmos isso, naturalmente, levaremos conhecimentos básicos sobre educação ambiental.
 
Quando há uma grande obra realizada em determinada região, isso causa muito transtorno, pessoas são contrárias àquela obra. Nossa tarefa também é fazer a população perceber os benefícios que essa obra traz para sua vida, para o seu cotidiano, para a região, em termos de progresso, de melhoria de vida.
 
Acho que também é uma excelente oportunidade para que o tema educação ambiental seja levado a essas populações e cresça nas escolas. As escolas ainda não têm conhecimento e preparo para desenvolver esse trabalho de modo que a educação ambiental seja trabalhada de forma transversal, não como conteúdo rígido, estanque.
 
Qual o papel dos articuladores?
Nesse primeiro momento, eles tiveram a incumbência de entrar em contato direto com as comunidades e apresentar o PEA. A partir desse primeiro contato, farão um levantamento do número de pessoas envolvidas com a obra.
 
Estipulamos um cronograma de trabalho, que poderá ser alterado de acordo com as condições que as comunidades têm a oferecer para o desenvolvimento do trabalho.
 
O meu contato com a supervisora lá é diário. Dou orientações, fico sabendo como anda o processo, quais as dificuldades. Esse acompanhamento também ocorrerá com visitas periódicas. A próxima já está agendada para dezembro, provavelmente na primeira quinzena, para que a gente possa observar o que foi feito, quais avanços já se podem observar.
 
Quais os próximos trabalhos agendados?
Nas escolas estão definidas para esse ano cinco aulas de um curso de educação ambiental, que trarão fundamentos básicos aos professores. O término desse curso está previsto para a metade do mês de dezembro. No início do próximo ano, ofertaremos uma palestra sobre a educação ambiental e as áreas do conhecimento, trazendo a visão da interdisciplinariedade no ensino da educação ambiental.
 
Para as comunidades, nós apresentaremos um filme chamado “A História das Coisas”. O objetivo é sensibilizar as pessoas para aquilo que está ao seu entorno e sobre a questão da responsabilidade individual e coletiva pelo meio ambiente.
 
A definição dos temas a serem trabalhados nas comunidades será consequente das discussões dos articuladores com essas comunidades. Mas podemos prever que a questão do lixo, da reciclagem, da compostagem, esses temas com certeza serão abordados, porque já foram trazidos como uma problemática e um trabalho necessário nessas localidades.Com ajuda de articuladores locais, pedagogas realizam trabalho de conscientização em escolas, assentamentos e aldeias indígenas
Com ajuda de articuladores locais, pedagogas realizam trabalho de conscientização em escolas, assentamentos e aldeias indígenas 

Com a intenção de envolver e conscientizar setores da população de Anastácio, Miranda e Corumbá sobre impactos da obra na BR 262, o Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura da Universidade Federal do Paraná (ITTI-UFPR) executa o Programa de Educação Ambiental (PEA), que teve início em julho deste ano. O objetivo é levar o ensino sobre meio ambiente a todos os envolvidos na obra, desde operários que estão na reforma da rodovia até aldeias indígenas próximas ao empreendimento.

  

Responsável pela supervisão pedagógica do PEA, a pedagoga Maria Eleonora Cordeiro Ferreira visitou as três cidades, juntamente com a coordenadora do Programa no Mato Grosso do Sul, a também pedagoga Susy Bortot, recrutando articuladores locais, que vão intermediar o contato do Instituto com as comunidades e ajudar a definir os temas a serem trabalhados de acordo com as necessidades locais. O projeto será realizado nas escolas Nathércia Pompeo e Gabriel Vandoni de Barros (Corumbá), XV de Outubro e Pólo Pílad Rebuá (Miranda) e Jd. Independência e Roberto Scaff (Anastácio). Serão contemplados com o PEA ainda três assentamentos em Corumbá, duas aldeias indígenas em Miranda, a associação de moradores do Jardim Independência em Anastácio, e operários da obra.

Ainda neste ano, acontece o primeiro curso de educação ambiental para professores. Também estão previstas palestras e apresentação de filmes temáticos, como o documentário “A história das coisas”, dirigido por Louis Fox, para sensibilizar a população sobre a necessidade imediata de estabelecer vínculos com a educação ambiental. 

Confira a íntegra da entrevista com a pedagoga Maria Eleonora.

 
Como foram as visitas ao Mato Grosso do Sul?
Nós iniciamos o trabalho em julho com uma visita a Corumbá, Anastácio e Miranda para fazermos um diagnóstico da situação local em relação à questão ambiental. No começo de outubro, voltamos e fizemos a contratação do pessoal que será responsável pelo desenvolvimento do trabalho na região, que são chamados de articuladores locais.

Esta visão do trabalho com articuladores locais aconteceu por considerarmos que  uma equipe do ITTI não obteria melhor eficácia,  do que as pessoas que vivem nessas localidades e as conhecem melhor. Elas têm uma observação mais aprofundada e mais complexa da problemática existente em cada local. Foram escolhidos dois articuladores para o trabalho em cada município, que terão a responsabilidade de trabalhar com assentamentos, aldeias indígenas, escolas e com os operários da obra. 
Nós visitamos as secretarias municipais e estaduais de Educação para apresentar o PEA. Tivemos uma recepção muito positiva.

Ouça a versão em áudio da entrevista com Maria Eleonora
 
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Qual o objetivo do programa?
O objetivo principal é envolver comunidade, escolas e trabalhadores no processo de gestão do ambiente. Isso por meio de ações educativas e processos participativos, nos quais as pessoas discutem a sua realidade e são sensibilizados à obtenção de um olhar mais atento ao seu ambiente, ao seu redor, para que, em conjunto, consigam compreender o que levou àquela problemática ou determinada situação. A partir daí a discussão compreende a busca de soluções, práticas possíveis, levando a  uma mudança de atitude das pessoas. Para alcançarmos isso, naturalmente, levaremos a esses públicos conhecimentos básicos sobre educação ambiental.

Quando há uma grande obra realizada em determinada região, isso causa muito transtorno, pessoas são contrárias àquela obra. Nossa tarefa também é fazer a população perceber os benefícios que essa obra traz para sua vida, para o seu cotidiano, para a região, em termos de desenvolvimento, de melhoria de vida. 

Acho que também é uma excelente oportunidade para que o tema educação ambiental seja levado a essas populações e cresça no interior das escolas, fazendo parte do seu Projeto Político Pedagógico. Algumas escolas ainda não têm domínio suficiente para desenvolver  temas da educação ambiental, de forma transversal e não como conteúdo rígido, estanque.

SME_CORUMBA_2Qual o papel dos articuladores?
Nesse primeiro momento, eles tiveram a incumbência de entrar em contato direto com as comunidades e apresentar o PEA. Agora farão um levantamento do número de pessoas envolvidas em cada segmento.

Estipulamos um cronograma de trabalho, que poderá ser alterado de acordo com as condições que as comunidades têm a oferecer para o desenvolvimento do trabalho.

O meu contato com as articuladoras locais  é diário. Dou orientações, fico sabendo como anda o processo, quais as dificuldades encontradas e avanços. Esse acompanhamento também ocorrerá através de relatórios e visitas periódicas. A próxima visita já está agendada para dezembro, provavelmente na primeira quinzena, para que se possa observar o que foi feito, quais os avanços que já podem ser observados.

Quais os próximos trabalhos agendados?
Nas escolas estão definidas para esse ano cinco aulas de um curso de educação ambiental, que trarão fundamentos básicos aos professores. O término desse curso está previsto para a metade do mês de dezembro. No início do próximo ano, ofertaremos uma palestra sobre a educação ambiental e as áreas do conhecimento, trazendo a visão da interdisciplinariedade no ensino da educação ambiental.

Para as comunidades, nós apresentaremos um filme chamado “A História das Coisas”. O objetivo é sensibilizar as pessoas para aquilo que está ao seu entorno e sobre a questão da responsabilidade individual e coletiva pelo meio ambiente.

A definição dos temas a serem trabalhados nas comunidades será objeto das discussões dos articuladores com essas comunidades. Mas podemos prever que a questão do lixo, da reciclagem, da compostagem, esses temas devem ser abordados, porque já foram trazidos como uma problemática e um trabalho necessário nessas localidades.