Destinação correta do lixo e responsabilidade ambiental foram temas da palestra. Participantes querem promover caminhada de conscientização 

No dia 20 de março, 17 alunos e três professoras participaram de uma oficina sobre compostagem, ministrada pela agrônoma Vânia Sabatel no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do município de Albuquerque, distrito de Corumbá. O encontro teve início com uma explanação teórica sobre compostagem e terminou com um exercício prático, no qual os participantes utilizaram lixo orgânico como adubo no terreno do Centro Catequético Bento XVI. A oficina é a segunda ministrada pela agrônoma na região. A primeira aconteceu em fevereiro, no assentamento Mato Grande.

A compostagem é a técnica de produção de adubo a partir de resíduos orgânicos e pode servir como um processo de reaproveitamento de lixo doméstico. Além de ensinar a técnica na parte teórica da oficina, a agrônoma expôs princípios de sustentabilidade e os principais problemas da região como o atropelamento de animais na rodovia e a necessidade de cuidado com a flora pantaneira.

Para a parte prática da oficina, a palestrante e os alunos reuniram coadores de café utilizados, cascas de legumes e frutas, folhas secas e palha. Com esses materiais, os participantes adubaram o solo do terreno do Centro Catequético.

“O objetivo da oficina é semear a conscientização ambiental, estimular mudança de hábitos e valores e colocar os jovens como atores responsáveis pela transformação social e ambiental do local onde vivem. Além de possibilitar a construção de uma nova concepção de vida, futuro e cidadania”, explica Sabatel. A maioria dos participantes da oficina vive em propriedade rural. “Os jovens se sentiram estimulados com a descoberta da transformação do lixo em adubo e vão repassar a técnica para a família. Além de evitar o uso de adubos químicos, o adubo natural pode ser comercializado e ajudar na renda”, acrescenta a palestrante.

A estudante Luana Berenice Oliveira, de 17 anos, improvisou uma música durante a oficina. A letra incentiva o cuidado com os animais que cruzam a rodovia e a preservação da natureza. “Nunca é demais aprender sobre o meio ambiente. Por isso, eu e alguns amigos fizemos a música, com o que a professora Vânia apresentou na palestra”, conta a jovem.

Durante a oficina, os participantes demonstraram interesse em promover uma caminhada de conscientização em todo o distrito. A presidente da Associação dos Moradores de Albuquerque, Maria do Carmo Victório da Silva, garantiu que a instituição apoiará a iniciativa. “Por sermos uma comunidade rural, precisamos e ocupamos muito do meio ambiente. Toda forma de educação e conscientização é bem vinda”, afirma a presidente.

A oficina é uma das ações do Programa de Educação Ambiental (PEA) que acontece durante as obras de recuperação da pista e implantação de acostamentos na BR 262, no trecho entre Anastácio e Corumbá. O PEA é coordenado pelo Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A Universidade é parceira do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), órgão responsável pelo empreendimento.

 

 

Débora Lorusso (com informações de Mariana Ferreira Cardoso)
Assessoria de Comunicação
ITTI – Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura
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