A implantação do projeto de reflorestamento foi previsto para todos os locais onde ocorreu algum tipo de intervenção pelo empreendimento, local estimado com 6,0 hectares, englobando na faixa de domínio da rodovia e na área de preservação permanente, caracterizada como de mata ciliar, no total de 5,8 hectares.

Especificamente, nas áreas onde estão sendo desenvolvidas as obras no rio São Francisco, as margens estão totalmente ocupadas por propriedades rurais, onde se pratica a pecuária extensiva e secundariamente agricultura, fator provável quanto à condição da devastação completa da vegetação nativa e das matas ciliares.

As áreas em foco estão situadas sobre terrenos da planície aluvial do rio São Francisco, que neste trecho apresenta uma largura média de 5,0 km a partir das margens. São depóstios aluvionares arenosos a argilo-arenosos de espessura superior a 10,0 metros (Formação Vazantes), derivados de processo de erosão e acumulação fluvial, eventualmente retrabalhados e depositados sobre os sedimentos do Grupo Bambuí.

As formações superficiais mais recentes, com espessura em torno de 2,0 metros, derivadas de coberturas detríticas, deram origem a solos aluviais eutróficos, dominantemente arenosos, pouco consolidados, compondo terrenos de areias quartzosas, profundos, acentuadamente drenados, com textura variando de argilosa a franco arenosa, bastante porosos e bem estruturados.

As margens do rio São Francisco são formadas por barrancas arenosas abruptas de até 5,0 metros de altura acima da lâmina d’água, apresentando na margem direita sinais de erosão hídrica por solapamento, caracterizado pela inclinação por vezes invertida e feições de escorregamento. A diminuição progressiva da seção do rio devido ao acúmulo de sedimentos na margem esquerda está forçando a migração do leito para leste, condicionando o processo erosivo ao longo dos barrancos da margem direita.

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