Atividade integra Programa de Educação Ambiental que ocorre em paralelo à construção do trecho entre Cruzeiro do Oeste e Tuneiras do Oeste da BR 487

Cerca de 50 trabalhadores que atuam na pavimentação da Estrada Boiadeira (BR 487), no trecho entre Cruzeiro do Oeste e Tuneiras do Oeste, na região Noroeste do Paraná, participaram na manhã desta sexta-feira (14) da oficina “Resíduos sólidos da obra da construção civil: que lixo é esse?”, ministrada pela professora do Departamento de Teoria e Prática da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Sonia Haracemiv.

 

oficina-trabalhadores-boiadeira

A atividade é parte do Programa de Educação Ambiental (PEA), um dos cinco programas socioambientais que integram o projeto “Estrada Boiadeira: sonho que se realiza”. As ações desenvolvidas em paralelo à construção do trecho de 18,7 quilômetros é resultado de uma parceria entre a UFPR, por meio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Além de atividades com trabalhados da obra, o PEA desenvolve ações com professores da rede pública de ensino dos dois municípios contemplados pelo empreendimento, com comunidades e outras entidades da sociedade civil. 

 

Na primeira parte da oficina, os trabalhadores foram divididos em grupos, responsáveis pela avaliação de imagens relacionadas à produção e à destinação de resíduos sólidos. O reaproveitamento de materiais como madeiras e demais entulhos fomentou a discussão.

 

Segundo o auxiliar de sinalização Lindomar Bassetto, de 53 anos, o uso de imagens para discutir a temática do tema da oficina facilita o aprendizado. “Percebo que muitas vezes existe falta de interesse para colocar em prática os ensinamentos. As pessoas não usam o conhecimento na prática. Na imagem que meu grupo pegou, por exemplo, fica clara a imprudência e o despreparo daquelas pessoas [que derrubavam entulhos às margens de uma estrada]”, diz o funcionário. 

 

Para o engenheiro ambiental João Vinicius Sachet, integrante da equipe de supervisão ambiental da obra, a metodologia empregada facilita a discussão sobre resíduos sólidos. “Com o uso de imagens que fazem parte do cotidiano dos trabalhadores, a oficina ganha em credibilidade, já que ninguém tem receio em opinar a respeito do tema”, alega.

 

Planeta Azul 

 

Na segunda parte da atividade, o grupo fez uma discussão em torno da música Planeta Azul, canção interpretada pela dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó. O preço do progresso, a falta de ações governamentais, a poluição, o aquecimento global e a consequente incerteza para as futuras gerações desencadearam a conversa. 

 

De acordo com o apontador Alessandro de Oliveira da Silva, de 21 anos, o tema educação ambiental é fundamental para todas as pessoas. O funcionário, que vai ingressar no curso de Engenharia Civil no início do próximo ano, destaca ainda a metodologia aplicada no encontro: “A dinâmica é muito próxima das nossas vidas. Os conhecimentos que aprendemos aqui podem ser usados na vida real”.

 

Para a professora Sonia Haracemiv, que é também coordenadora do PEA, a participação e o envolvimento foram fatores positivos do encontro. “Nosso trabalho consiste em dar oportunidade de voz a essas pessoas, algo que é parte fundamental da valorização do ser humano. Essa foi a segunda oficina que realizamos com esse público e é perceptível o avanço. Hoje eles estavam mais familiarizados com a dinâmica e a metodologia de trabalho que nós propusemos e o trabalho pedagógico ficou ainda mais interativo”, explica.

 

Hendryo André, de Tuneiras do Oeste
Assessoria de comunicação
ITTI – Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura
(41) 3226-6658 | [email protected]