UFPR contribui nos estudos de recuperação da navegabilidade do Rio Amazonas

 Projeto resolverá problemas de navegabilidade causados por erosão e assoreamento na região do Porto de Tabatinga (BR) e Letícia (Colômbia)

A UFPR é a universidade brasileira selecionada pelo Ministério dos Transportes para realizar o projeto de recuperação da navegabilidade no Rio Amazonas, na região do Porto de Tabatinga, no Amazonas, divisa do Brasil com a Colômbia e o Peru. A universidade estará assessorando os governos brasileiro e colombiano na solução dos problemas de modificação do leito do rio Amazonas, que atualmente traz grandes prejuízos econômicos aos três países.

De acordo com o professor da UFPR e coordenador de projetos do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (UFPR/ITTI), Eduardo Ratton, a navegabilidade do Rio Amazonas está afetada pela erosão na margem peruana e o assoreamento nas margens brasileira e colombiana. Uma comissão formada pelo Brasil, Colômbia e Peru solicitou o desenvolvimento dos estudos e projetos de engenharia em comum acordo, a ser aplicado nos países da tríplice fronteira.

A UFPR deve apresentar uma proposta de estudos de modelagem hidromorfológica e de monitoramento do Rio Amazonas na região que atualmente apresenta problemas de navegabilidade. A universidade foi escolhida em razão da experiência na dragagem na Hidrovia Paraguai-Paraná, na região do Passo do Jacaré, no Mato Grosso do Sul, e pelo projeto de derrocamento (retirada de rochas) do canal de navegação de Guaíra, no Rio Paraná. Nos dois locais, a equipe de engenharia da UFPR/ITTI realizou estudos para o alargamento e aprofundamento dos canais de navegação.

Da UFPR, participaram da reunião em Leticia, Colômbia, no fim de agosto, os professores Eduardo Ratton, Prof. Dr. Carlos Aurélio Nadal, do Departamento de Geomática, Prof. Dr. José Geraldo Maderna Leite, do Departamento de Transportes, e o Prof. Dr. Tobias Blelinger, do Departamento de Engenharia Ambiental. Além dos engenheiros civis Philipe Ratton (ITTI) e Gustavo Pacheco Tomas.

O representante do governo brasileiro foi o chefe da Primeira Comissão Brasileira de Limites, Dauberson Monteiro da Silva. O assessor da Diretoria de Soberania Territorial e Desenvolvimento Fronteiriço do Ministério de Relações Exteriores, Ivan Murillo Rodriguez, representou o governo colombiano. Além deles, participou a representante do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Andrea Soares Barnez, entre outros membros ligados às áreas de transporte e infraestrutura do Brasil e Colômbia.

ITTI

O Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) atua na elaboração, execução e supervisão de programas e estudos destinados à gestão ambiental de obras, especialmente na área de transportes, tais como as rodovias, ferrovias e portos. Com uma equipe técnica multidisciplinar formada por professores, pesquisadores, estudantes e profissionais especializados, os projetos da UFPR/ITTI também contemplam aspectos relacionados à gestão territorial, questões socioambientais e quanto ao uso de recursos naturais.

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