Em palestra, professor de engenharia civil da TEXAS A&M University apresenta método capaz de prever desgaste físico de pavimentos

 

O Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura da Universidade Federal do Paraná (ITTI-UFPR) promoveu na última terça-feira (18), em conjunto com o Laboratório de Pavimentação Professor Armando Martins Pereira (LAMP), o Seminário Avanços Metodológicos em Projeto de Pavimentos, ministrado pelo Doutor Nasir Gharaibeh, professor assistente do Zachry Department of Civil Engineering, da Texas A&M University.

 

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Pavimentos Nasir

 

O encontro reuniu cerca de 30 participantes, que tiveram a oportunidade de conhecer uma nova metodologia de projeto em pavimentos, a mecanicista empírica (M-E). Essa metodologia representa uma grande mudança em relação ao método empírico, utilizado pela American Association of State Highway and Transportation Officials (ASSTHO) e considerado como referência em diversos países. O novo método, que vinha sendo testado desde 2003, calcula espessura e tipos de pavimentos para as rodovias a partir de uma ferramenta de análise que o projetista da obra utiliza.

 

Segundo o professor, a metodologia do projeto M-E é baseada em modelos desenvolvidos para prever a deteriorização física do pavimento e sua evolução ao longo do tempo, sob solicitações de tráfego. Esses modelos consideram os efeitos do clima e dos eixos de carregamento de caminhões nas respostas da estrutura do pavimento e nas mudanças das propriedades dos materiais, durante o período de análise.

 

Para a estudante do segundo período do curso de Engenharia Civil da UFPR Gabriela Helena Bill, de 18 anos, a palestra foi uma oportunidade para perceber como o modelo é aplicado à realidade. “Existem poucas disciplinas que abordam a questão de pavimentos em nossa grade curricular. Então, atividades complementares como essa palestra são fundamentais para a nossa formação”, diz a estudante.

 

Já segundo o engenheiro ambiental João Vinicius Sachet, que trabalha em projetos de supervisão e gestão ambiental no ITTI durante a pavimentação de rodovias, o método apresentado pelo professor pode ser facilmente aplicado à realidade brasileira. “Foi interessante porque na própria plateia encontramos exemplos de profissionais que já trabalharam com o método desenvolvido pela ASSTHO aqui em Curitiba, fato que só aponta o quanto o método pode ser adaptado com certa facilidade à realidade brasileira”, explica.

 

“As normas que temos no Brasil são antigas e não atendem as necessidades atuais, por isso essa metodologia desenvolvida pela AASTHO vai servir como parâmetro para um novo método de pavimentos no país”, complementa o professor do Departamento de Transportes da UFPR Djalma Al-Chueir Martins, responsável pela tradução em tempo real da palestra.

 

O evento foi realizado a partir de uma parceria entre o Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI) e o Laboratório de Pavimentação Professor Armando Martins Pereira (LAMP), ambos ligados ao Departamento de Transporte da UFPR.

 

Hendryo André e Giovanna Jambersi
Assessoria de Comunicação
ITTI – Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura
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