SIGTAQ oferece banco de dados interativo com informações e simulações que envolvem modais e logística

O Sistema de Informações Geográficas do Transporte Aquaviário –SIGTAQ, foi tema de um treinamento realizado entre os dias 9 e 11 de junho na Universidade Federal do Paraná (UFPR). O curso foi resultado uma parceira da UFPR, por meio do Instituto Tecnológico de Infraestrutura e Transportes (UFPR/ITTI), com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

 

O software aplicado a logística permite a simulação, análise, geração de mapas temáticos e a importação de camadas simbióticas, entre outros recursos. A ferramenta desenvolvida pela ANTAQ para subsidiar as atividades de regulação da Agência. O treinamento foi destinado a pesquisadores, professores e estudantes, que poderão utilizar o software em vários projetos desenvolvidos pela UFPR/ITTI, entre eles o Estudo de Prática Regulatória, vantagens competitivas e oferta e demanda de cargas entre os países signatários do acordo da Hidrovia Paraguai-Paraná.

“Durante o curso apresentamos as funcionalidades básicas e as de simulação do SIGTAQ, tentando encaixar com o escopo do projeto focado no eixo Mercado, que precisa de algumas simulações. Com o software, elas podem ser feitas de forma rápida e prática”, detalha o ministrante do curso, especialista em Regulação da Antaq, Eduardo Pessuti Queiroz.

O Estudo de Prática Regulatória, vantagens competitivas e oferta e demanda de cargas entre os países signatários do acordo da Hidrovia Paraguai-Paraná tem três eixos: Eixo Mercado, Eixo Infraestrutura e o Eixo Regulatório.

SIGTAQ curso

SIGTAQ
“O curso nos proporciona trocas de conhecimento, eu aprendo muito com os alunos e professores da Universidade, detalhes relacionados ao transporte como um todo, e também repasso um pouco do conhecimento que temos sobre hidrovias e transporte aquaviário”, avalia Queiroz.

Benefícios para a pesquisa
A engenheira ambiental e mestranda em Recursos Hídricos pela UFPR, Renata Correa, foi uma das participantes do curso. Ela também trabalha no projeto do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental da Hidrovia do Rio Paraguai (EVTEA), na área hidráulica-fluvial. “O curso foi muito importante, principalmente para nós que não trabalhamos diretamente com logística. O SIGTAQ será essencial, em especial para os estudos da Hidrovia”, comenta.

O software é um ambiente interativo que oferece um banco de dados geográfico nacional, além de alguns pontos internacionais. Por meio dele podem ser acessados detalhes sobre rodovias, hidrovias, portos, entre outras informações. “É muito importante este acesso à identificação e à caracterização da área da hidrografia, bem como a informações das ferrovias e rodovias. É possível acessar também dados do IBGE, de produção agrícola, por exemplo, e usá-los para fazer simulações de transporte e logística. Isso ajuda a identificar os arranjos produtivos, para onde e como escoar a produção”, explica Correa.

Quanto à pesquisa, a engenheira destaca a facilidade para obter informações sobre as áreas de estudo, além de poder contribuir com informações coletadas pelos pesquisadores da UFPR também. “Como o software é possível trabalhar com os dados, editá-los, bem como alimentar o banco com informações levantadas por nós”, comenta.

O engenheiro ambiental Henrique Guarneri, mestrando em Recursos Hídricos pela UFPR, também avalia o curso como muito importante para os estudos. “A possibilidade de acesso a toda essa malha de transportes é muito interessante, conseguimos gerar melhores resultados, mais rapidamente. Ele é muito importante para gerar os cenários básicos e identificar o problema como um todo. E muito esclarecedor, nos permite realizar muitas deduções”, comenta.

De acordo com ele, como o ITTI está realizando estudos da Hidrovia do Rio Paraguai, em toda a sua extensão na América Latina, pode aprimorar o banco de dados com informações que não estão cadastradas ainda, da Argentina, do Uruguai, da Bolívia e do Paraguai. “A intenção é analisar a competitividade brasileira na Hidrovia. Ela já é utilizada, mas como e quanto são aspectos que ainda não conhecemos. Com as informações levantadas por nós, esse banco de dados e esse software, vamos poder avaliar como os outros países usam a Hidrovia e traçar comparações”.

 

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