Workshop sobre obras públicas mobiliza profissionais, professores e estudantes
Palestrantes destacaram papel das universidades na fiscalização e acompanhamento de construções
 
Aconteceu nesta segunda-feira (17) no Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) o workshop “Controle Externo e Controle Social: A parceria entre o TCE e a UFPR na Fiscalização das Obras Públicas”, evento direcionado a alunos e professores dos terceiros e quartos anos dos cursos de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo da UFPR.
 
O seminário trouxe orientações aos acadêmicos sobre as atividades de controle de obras públicas. Além disso, houve a apresentação da proposta de parceria entre o TCE e o Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI-UFPR), que deve ser oficializada nos próximos dias. Os órgãos trabalharão juntos na fiscalização de obras públicas, inclusive às voltadas para a Copa do Mundo de 2014, oriundas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “É um projeto que pretende deixar as obras cada vez mais transparentes no Paraná”, aposta o engenheiro do ITTI-UFPR e professor Mauro Lacerda Santos.
 
O professor realizou uma apresentação sobre a construção do Fórum da Comarca de Curitiba, obra que, segundo ele, foi uma das maiores realizadas na cidade na década de 1980. Para Lacerda Santos, a construção, que por diversos anos esteve embargada pelo Ministério Público por conta de problemas estruturais, é um grande exemplo de desperdício de dinheiro público. “Nós queremos com essa parceria entre o TCE e a UFPR evitar situações como a do Fórum. Vamos ao mesmo tempo fortalecer a formação acadêmica e fazer com que os estudantes adquiram experiência técnica e estejam melhores preparados para o mercado de trabalho”, argumenta.
 
Já o engenheiro integrante da Coordenadoria Geral do TCE-PR Pedro Piovesan destacou o papel do TCE-PR nas fiscalizações. Em 2001, o Tribunal realizou uma auditoria e verificou a existência de 1055 projetos inacabados em todo o Paraná: “Muitas dessas obras são heranças da Legislação anterior. Depois da Constituição de 1988 houve a possibilidade de o TCE realizar auditorias técnicas. Antes, apenas podíamos realizar o controle fiscal e administrativo”.
 
 
Termo de cooperação
Para que as obras previstas pelo PAC possam ser fiscalizadas, o TCE e a UFPR devem formalizar nos próximos dias um termo de cooperação. Entre as medidas firmadas no documento está a abertura de estágios especializados para estudantes de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo da UFPR, que serão complementados com ofertas de cursos, palestras e atividades profissionais. “Com essa formação acadêmica vamos fortalecer a noção de que a responsabilidade social pode ser dirigida também para a classe produtiva e, com isso, vamos formar melhores engenheiros”, acredita Lacerda Santos.
 
O engenheiro do TCE compartilha a opinião: “A corrupção nas obras existe porque tem um profissional formado que se corrompeu. A parceria servirá para desenvolver ainda mais o lado cidadão do profissional”.
Aconteceu nesta segunda-feira (17) no Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) o workshop “Controle Externo e Controle Social: A parceria entre o TCE e a UFPR na Fiscalização das Obras Públicas”, evento direcionado a alunos e professores dos terceiros e quartos anos dos cursos de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo da UFPR. 

O seminário trouxe orientações aos acadêmicos sobre as atividades de controle de obras públicas. Além disso, houve a apresentação da proposta de parceria entre o TCE e o Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI-UFPR), que deve ser oficializada nos próximos dias. Os órgãos trabalharão juntos na fiscalização de obras públicas, inclusive às voltadas para a Copa do Mundo de 2014, oriundas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “É um projeto que pretende deixar as obras cada vez mais transparentes no Paraná”, aposta o engenheiro do ITTI-UFPR e professor Mauro Lacerda Santos.

 

O professor realizou uma apresentação sobre a construção do Fórum da Comarca de Curitiba, obra que, segundo ele, foi uma das maiores realizadas na cidade na década de 1980. Para Lacerda Santos, a construção, que por diversos anos esteve embargada pelo Ministério Público por conta de problemas estruturais, é um grande exemplo de desperdício de dinheiro público. “Nós queremos com essa parceria entre o TCE e a UFPR evitar situações como a do Fórum. Vamos ao mesmo tempo fortalecer a formação acadêmica e fazer com que os estudantes adquiram experiência técnica e estejam melhores preparados para o mercado de trabalho”, argumenta.

 

Já o engenheiro integrante da Coordenadoria Geral do TCE-PR Pedro Piovesan destacou o papel do TCE-PR nas fiscalizações. Em 2001, o Tribunal realizou uma auditoria e verificou a existência de 1055 projetos inacabados em todo o Paraná: “Muitas dessas obras são heranças da Legislação anterior. Depois da Constituição de 1988 houve a possibilidade de o TCE realizar auditorias técnicas. Antes, apenas podíamos realizar o controle fiscal e administrativo”.
 

Termo de cooperação
Para que as obras previstas pelo PAC possam ser fiscalizadas, o TCE e a UFPR devem formalizar nos próximos dias um termo de cooperação. Entre as medidas firmadas no documento está a abertura de estágios especializados para estudantes de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo da UFPR, que serão complementados com ofertas de cursos, palestras e atividades profissionais. “Com essa formação acadêmica vamos fortalecer a noção de que a responsabilidade social pode ser dirigida também para a classe produtiva e, com isso, vamos formar melhores engenheiros”, acredita Lacerda Santos.

 

O engenheiro do TCE compartilha a opinião: “A corrupção nas obras existe porque tem um profissional formado que se corrompeu. A parceria servirá para desenvolver ainda mais o lado cidadão do profissional”.
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Palestrantes destacaram papel das universidades na fiscalização e acompanhamento de construções