EVTEA da Hidrovia do Rio Paraguai é apresentado em reunião do Conselho de Infraestrutura da FIEP
O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Hidrovia do Rio Paraguai, elaborado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) por meio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI), foi tema da reunião do Conselho Temático de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) realizada nesta segunda-feira (12/09), em Curitiba.
Na apresentação, o superintendente da UFPR/ITTI, prof. Dr. Eduardo Ratton e membros da equipe do EVTEA destacaram os principais resultados, bem como a relação custo x benefício da utilização da Hidrovia que passa por cinco países da América do Sul (Brasil, Paraguai, Bolívia, Argentina e Uruguai). “O modal hidroviário para o transporte de cargas é bastante vantajoso financeiramente em relação aos demais modais, mas foi preciso avaliar também os aspectos técnicos, como as características do Rio Paraguai e seus afluentes, visto que há a necessidade de dragagem em alguns pontos, sendo também propostas ações e programas ambientais, visando a conservação do Bioma Pantanal”, explica Ratton.
O Rio Paraguai é altamente navegável e o Estudo identificou que, com a realização de dragagem nos principais pontos críticos, o tráfego de grandes embarcações é possível e seguro ao longo de toda a Hidrovia, inclusive nos períodos de estiagem. “Também foi estudada a possibilidade de implantação de novos terminais para verificar se existe potencial de cargas para manter a Hidrovia ativa a longo prazo”, explica a engenheira civil da UFPR/ITTI, Flávia Aline Waydzik.
Para o coordenador do Conselho, Edson Vasconcelos, os resultados do EVTEA da Hidrovia do Rio Paraguai destacam o potencial pouco explorado das hidrovias e mostram outras alternativas para o transporte de cargas no Paraná e no Brasil. “O Paraná ainda não tem uma visão ampla e sistêmica do transporte de cargas e enxerga o Porto de Paranaguá como único caminho para a exportação. É obrigação do Conselho de Infraestrutura avaliar outras possibilidades, visto que dependendo da viabilidade (custo), pode-se pensar em exportação via Foz do Iguaçu/Porto de Assunção, modificando inclusive o perfil da região Oeste do Paraná a médio e longo prazos”, afirma.
EVTEA
Durante dois anos a equipe multidisciplinar da UFPR/ITTI, composta por dezenas de professores e estudantes de graduação e de pós-graduação de diversas áreas do conhecimento, realizou levantamentos de campo e análises integradas sobre todos os componentes do estudo, que abrangeu o trecho brasileiro da Hidrovia, entre Cáceres (MT) e a foz do Rio Apa (MS), totalizando 1.270 quilômetros de extensão.
O Estudo demandou a utilização de novas metodologias e tecnologias de ponta e gerou diversas publicações científicas, como artigos, monografias, dissertações de mestrado e teses de doutorado.
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