O coordenador de Projetos da Diretoria de Infraestrutura Aquaviária (DAQ) do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), Paulo Godoy, aproveitou sua visita à Universidade Federal do Paraná (UFPR), para conversar com alunos do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Recursos Hídricos e Ambiental (PPGERHA).

Godoy, que esteve na UFPR para discutir projetos com uma das equipes do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI), fez uma pequena palestra para apresentar aos alunos de mestrado e doutorado o Plano Hidroviário Estratégico (PHE), projeto do Ministério dos Transportes que visa ao desenvolvimento do transporte hidroviário brasileiro.

 Com o tema “Política Nacional para o Transporte Hidroviário a cargo do Ministério dos Transportes”, o coordenador do DNIT abordou assuntos pertinentes aos fundamentos do PHE, suas políticas e diretrizes, bem como os empreendimentos contemplados em nível nacional.

 

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Plano

Segundo ele, o PHE pretende ampliar o transporte por hidrovias, especialmente nas chamadas novas fronteiras agrícolas brasileiras, como é o caso do Norte do Mato Grosso. “O setor é ineficiente. Há cargas que saem de estados como Rondônia e vão para o Porto de Paranaguá pela rodovia enquanto poderiam ser transportadas por rios da região de origem até outros portos”, explicou Godoy. Atualmente 62% das cargas brasileiras são transportadas por via rodoviária, 24% por ferrovias e apenas 14% por hidrovias.
A meta do PHE é viabilizar o transporte de carga de 120 milhões de toneladas por meio do modal hidroviário em áreas estratégicas até 2031. Ele destacou aos alunos que o plano foi desenvolvido de forma estratégica e, por esse motivo, não abrange todas as hidrovias do país. “Foram escolhidas hidrovias chaves, por isso alguns trechos, mesmo sendo importantes, não foram incluídos no projeto”, disse. Entre as hidrovias contempladas pelo projeto estão a Amazonas/Solimões e Negro, Madeira, Tapajós e Teles Pires, Tocantins, Araguaia, São Francisco, Parnaíba, Tietê e Paraná, Paraguai, Hidrovias do Sul (Taquari, Jacuí e Lagoa dos Patos).
O Plano prevê a implantação de várias medidas entre elas técnicas, econômicas, ambientais e institucionais que vão desde a melhoria dos estaleiros, modernização dos barcos até o preparo da mão de obra, porém não estabelece as ações a serem executadas em cada hidrovia, mas define as diretrizes estratégicas de investimentos para a ampliação e consolidação do setor hidroviário nacional.
Confira mais informações sobre o Plano Hidroviário Estratégico no portal do Ministério dos Transportes (www.transportes.gov.br).

 

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DNIT na UFPR

No início do mês de novembro, o coordenador de Projetos da DAQ/DNIT esteve na UFPR para acompanhar o Projeto de Derrocamento do Rio Tocantins, que está em andamento, e também para discutir os resultados da modelagem hidromorfológica do Passo do Jacaré, localidade do Rio Paraguai com problemas de assoreamento para a qual a UFPR/ITTI desenvolveu um Projeto de Dragagem, que já foi finalizado e entregue ao DNIT. A execução da obra é fundamental para baratear o custo do transporte e otimizar o fluxo de cargas, principalmente de minérios e de soja, ao longo da hidrovia.
Outro motivo da visita foi o alinhamento de detalhes do Estudo de Viabilidade Técnico, Econômica e Ambiental da Hidrovia do Rio Paraguai, o diagnóstico da potencialidade da hidrovia e pesquisa operacional para verificar a produção de cargas, que serão elaborados pelo ITTI. O estudo, que deve ser realizado no período de 12 meses, tem o objetivo de proporcionar uma hidrovia ambientalmente viável, segura e confiável, capaz de transportar cargas que serão identificadas segundo as projeções de demanda, até o cenário de 2035.