Com o objetivo de evitar poluição sonora, desde setembro equipe da UFPR mede índices de ruído em 10 pontos próximos a nova ponte sobre o Rio Paraná 

 

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O Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura da Universidade Federal do Paraná (ITTI-UFPR), responsável pela série de programas socio-ambientais que acontecem durante a construção da nova ponte sobre o Rio Paraná, divulgou nesta sexta-feira (13) os resultados da 4ª Campanha de Controle de Ruídos, realizada no final de junho.

 

O Programa de Controle de Ruídos (PCR) tem como objetivo monitorar a emissão da poluição sonora na obra e nas comunidades próximas. Desde setembro do ano passado, o Instituto realiza medições em intervalos de aproximadamente três meses.

 

De acordo com o laudo, até agora todos os 10 pontos de avaliação mantiveram os níveis de ruído abaixo dos 85 decibéis (dB), limite de segurança estabelecido pela Norma  10.151/87. Cada medição dura 10 minutos. “Os resultados obtidos demonstram que a obra não está oferecendo riscos à saúde dos trabalhadores. Apenas em dois pontos houve pequenos picos de oscilação acima da taxa-limite (86,7 e 85,8 dB), justificada em função desses pontos estarem localizados nos caminhos usados atualmente pelo tráfego local, que é pesado e de grande intensidade”, explica o supervisor ambiental do Instituto José Thiago Nogueira.

 

 

Exposição a ruídos
É considerado ruído todo fenômeno acústico não periódico sem componentes harmônicos definidos. Fisicamente, ruído é um som de grande complexidade, resultante da mistura desarmônica de sons oriundos de várias fontes.

 

Em seres humanos não é recomendável a exposição a níveis de ruído acima de 115 dB sem o uso de equipamentos de proteção, embora a metodologia adotada pelo PCR na obra obrigue que os trabalhadores utilizem equipamentos de proteção individual (EPI) a partir da faixa de 85dB. Os problemas ocasionados pela exposição intensa vão além das perdas auditivas, podendo causar aumento da pressão arterial e de adrenalina, insônia e outros distúrbios relativos ao sono, além de dificuldades de concentração e aprendizagem.

 

Controle de ruídos

 

Durante a construção da nova ponte, a produção de ruídos e vibrações é decorrente do uso de caminhões e máquinas, da abertura de caminhos de serviços, frentes de terraplenagem e pavimentação, exploração das caixas de empréstimos, veículos e equipamentos. “Todas as fontes de poluição sonora na obra devem ser fiscalizadas e monitoradas para não prejudicar a sociedade, o trabalhador, ou mesmo a fauna terrestre e aquática”, alerta o engenheiro e coordenador do PCR, Cristhyano Cavali da Luz.

 

A região sujeita aos impactos sonoros compreende 7,5 quilômetros, que incluem a extensão da nova ponte e seus acessos em Castilho e em Três Lagoas. Por esse motivo, existem recomendações para que os funcionários utilizem protetores auriculares. “O objetivo é que a obra traga benefícios para a sociedade e não incômodos”, complementa o coordenador do PCR.

 

Para garantir a segurança dos trabalhadores, o laudo recomenda que esses profissionais não permaneçam expostos a um ruído contínuo superior a 85dB durante oito horas por dia de trabalho. “São passadas instruções, por meio de palestras bimestrais, sobre os perigos que a exposição contínua aos ruídos pode causar aos trabalhadores”, ressalta Nogueira.

 

A obra
Com as obras iniciadas em junho de 2011, a nova ponte terá 1,34 quilômetros de extensão, além dos 6,09 quilômetros de acessos que a ligarão às cidades de Castilho e Três Lagoas. As campanhas de monitoramento acontecerão trimestralmente até junho de 2014, prazo para o término das obras, e continuarão por 12 meses, em campanhas semestrais, durante a operação da ponte.

 

Além do PCR, o ITTI executa mais 12 programas ambientais na obra de construção da ponte sobre o Rio Paraná. Entre eles estão o Programa de Educação Ambiental, Proteção de Flora e Fauna e Segurança e Saúde da Mão de Obra.

 

Hendryo André
Assessoria de Comunicação
ITTI – Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura
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