Professora do CAIC utiliza a lenda do Saci para aplicar conceitos de educação ambiental
Alunos procuram riquezas naturais em Corumbá para convencer o Saci a ficar no Pantanal
Na última segunda-feira (2), alunos da oitava série do Centro de Atenção Integral à Criança (CAIC) Padre Ernesto Sassida mapearam a área que cerca a escola em busca de riquezas naturais. O objetivo foi encontrar características nativas que podem convencer o Saci de que o Pantanal é um bom lugar para morar. A estratégia utilizada pela professora de geografia Maria Claudete Aquino Daltro é uma maneira criativa de unir o ensino de sua disciplina à educação ambiental.
A atividade começou com a apresentação do livro Um Novo Começo (Baixe a versão completa do livro AQUI). A cartilha conta a visita do Saci ao Pantanal, em busca de uma área preservada para habitar – mas a visão que a personagem tem do local é incompleta, mostra que não conheceu bem a região e, por isso, decidiu ir embora. A partir disso, os alunos ganharam uma missão: encontrar e listar as riquezas da cidade para estimular o Saci a voltar.
“Nós estamos fazendo de tudo para ele voltar, porque não conheceu todas as belezas que temos, passou muito rápido por aqui. Tenho certeza que ele não vai se arrepender de voltar”, afirma Robson Barboza Leite, de 14 anos, que, com seu grupo de colegas, encontrou nas redondezas da escola um Ipê Amarelo, vários tipos de plantas rasteiras, rochas, além de terras brancas e vermelhas.
A estudante Cláudia Beatriz de Souza Ribeiro, de 12 anos, também descobriu com sua equipe um grande número de bromélias no entorno. “É legal, porque na sala a gente copia muita coisa e é cansativo. Aqui não, a gente escreve as anotações a partir do que observa e acho que meus colegas também preferem aqui fora do que lá dentro”, conta Cláudia.
Daltro concorda que a atividade fora da sala de aula resulta em melhor aproveitamento. “É importante porque integra os alunos e a natureza, desperta para as belezas do Pantanal. Com pesquisas, eles vão descobrir ainda mais e levantar elementos dessas riquezas. Os alunos viram que na cartilha do Saci estão faltando muitas informações”, explica a professora.
A docente adotou o método que aprendeu em fevereiro na Oficina de Educação Ambiental, realizada em Corumbá pela também professora Christiane Gioppo. Miranda e Anastácio também receberam a oficina, que faz parte do Programa de Educação Ambiental (PEA) do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que acontece durante as obras de recuperação da BR 262, no trecho entre Anastácio e Corumbá. O ITTI é parceiro do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), órgão responsável pela reforma na rodovia.
Daltro aplicou o modelo porque acredita que esse tipo de pesquisa, com criatividade, motiva e interessa mais os alunos. “Eu disse que o Saci não vai voltar se eles não forem convincentes. Agora os alunos têm um compromisso, um desafio, que vai demandar pesquisa e criatividade. Estou acreditando nisso”, conclui.
Débora Lorusso (com informações de Mariana Ferreira Cardoso)
Assessoria de Comunicação
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