Eduardo Ratton defende que sistema coletivo de transporte precisa ser subsidiado

O professor do Departamento de Transportes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e coordenador de Projetos do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI), Eduardo Ratton, foi convidado para participar do programa PPS Entrevista, comandado pela vereadora de Curitiba Renata Bueno (PPS). Na ocasião, os dois debateram mobilidade urbana.

 

CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA
 

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Durante o programa, Ratton enfatizou a importância de Curitiba encontrar alternativas para solucionar os grandes problemas de mobilidade que enfrenta. Além disso, defendeu que as políticas de transporte coletivo na cidade não podem mais ser pensadas sem subsídios por parte do estado. “Quando se fala em transporte coletivo, fala-se em tarifa, tempo de deslocamento, segurança e vários aspectos que estão inerentes ao conforto do usuário. Então quando a pessoa escolhe andar com o seu veículo próprio é porque ela está cotejando alguma vantagem. E esse benefício pode ser tempo de deslocamento, segurança ou no custo do deslocamento”, explicou.
 

Para o professor, que é doutor em Ciências Aplicadas pela Université Libre de Bruxelles, as dificuldades relativas à mobilidade urbana são fruto da falta de políticas de transporte nos últimos 30 anos. “Curitiba sofre um problema duplo”, apontou ele durante o programa, “o primeiro é que houve uma falta de investimentos no setor da infraestrutura de transporte. Então, o sistema viário – que foi construído nos anos 1970 – sofreu poucas modificações. O segundo grande problema é o transporte coletivo, sendo este um ‘rival’ do transporte individual. Por que as pessoas escolhem o transporte individual e não o transporte coletivo?”, questionou.
 

Segundo o professor, em função da facilidade do acesso ao automóvel, Curitiba tem cada vez menos pessoas usando o transporte coletivo, fator que gera o que ele classifica como “motorização excessiva”. Ratton comentou ainda a respeito de medidas que não resolveram os problemas de mobilidade em outras cidades, como o rodízio de carros e o pedágio urbano. Por outro lado, pontuou alternativas que, em sua opinião, deveriam ser estudadas em Curitiba como, por exemplo, o abonamento anual (opção na qual o usuário paga um valor fixo anual para utilizar o sistema coletivo de transporte) e a cessão de espaço para publicidade dentro dos ônibus.
 

Na última parte da entrevista, o professor respondeu perguntas enviadas à produção do programa. Na oportunidade, Ratton comentou sobre a viabilidade do metrô, problemas das calçadas e ciclovias e outros assuntos.

Hendryo André
Assessoria de Comunicação
ITTI – Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura
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