Professores de Corumbá, Miranda e Anastácio recebem oficina sobre educação ambiental
Ao todo, 160 profissionais da rede pública de ensino dos três municípios devem ser capacitados
Professores da rede pública de ensino de Corumbá, Miranda e Anastácio vão participar de uma oficina sobre educação ambiental, entre os dias 10 e 16 de fevereiro. Divididos em quatro grupos, cerca de 160 profissionais devem ser beneficiados durante o encontro (confira a programação no final do texto). A atividade é mais uma das ações do Programa de Educação Ambiental (PEA) que acontece durante as obras de recuperação e implantação de acostamentos na BR 262, no trecho entre Anastácio e Corumbá (284,2 km).
A gestão ambiental no empreendimento é supervisionada pela Coordenação Geral de Meio Ambiente (CGMAB) do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em cooperação com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI).
O objetivo das oficinas é instigar que os profissionais de educação, por meio da produção de fotografias, agucem a percepção ambiental, a partir da identificação de aspectos que caracterizam o Pantanal. Com duração de 16 horas, o curso será dividido em duas etapas, sendo a primeira delas realizada na próxima semana e a segunda em abril. No intervalo entre os encontros, os professores em conjunto com os alunos vão executar atividades que serão apresentadas ao público na segunda fase do curso, com uma exposição fotográfica.
Para a professora da UFPR responsável pelas oficinas, Christiane Gioppo Marques da Cruz, a primeira etapa do projeto será fundamental à capacitação dos professores. A intenção é caracterizar melhor o Pantanal, a partir do mapeamento do bioma e de sua relação com o campo da cultura, especialmente com o folclore. “Essa escolha ocorreu por conta do caráter interdisciplinar que possibilita conciliar a percepção ambiental com a formação cultural dos professores”, comenta a docente.
Livro-jogo
Com experiência em trabalhos com livros didáticos desde 1995, Christiane Gioppo desenvolve materiais pedagógicos alternativos para estórias virtuais ou impressas, conhecidas como aventura-solo. Usando a noção de links, esse tipo de livro possibilita que a leitura dos capítulos seja realizada de forma aleatória, o que possibilita que o aluno tenha maior autonomia para escolher “caminhos” durante a aprendizagem, conforme sua curiosidade. No final da experiência com os professores dos três municípios sul-mato-grossenses, deve haver o desenvolvimento e publicação de um material destinado exclusivamente à região.
Para atingir tal proposta, a professora Christiane Gioppo usará alguns trabalhos já realizados, como um livro-jogo “Um novo começo” (download da versão em PDF), cuja história trabalha a visita do Saci-Pererê a diversos biomas brasileiros. “O Saci é famoso por ser uma entidade que conhece e preserva as matas e no livro ele está em busca de uma área preservada para habitar. Só que no livro ‘Um novo começo’ ele passa pelo Pantanal e não fica, pois considerou que a região é muito diferente da que ele foi originado. A intenção é que os professores encontrem aspectos importantes da natureza do Pantanal, fotografem e convençam o Saci a ficar mais tempo por lá. Para isso, vamos discutir e conhecer outras versões dessa lenda e lançar um desafio para esses professores: quais aspectos do Pantanal fariam com que o Saci pudesse escolher ficar nesse bioma? Quais alternativas seriam viáveis para que ele não fosse embora?”, indaga.
Os conteúdos trabalhados na oficina deverão ser replicados pelos professores em sala de aula, bem como servir de base para a construção da nova publicação.
Livro didático para a formação de professores e alunos
Doutora em Educação em Ciências pela Universidade do Estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, a professora alega que essa metodologia de trabalho investe na ruptura do modelo tradicional de educação e auxilia tanto alunos quanto docentes. “Antigamente, os professores recebiam uma formação mais técnica para usar os livros didáticos. A nossa ideia é promover uma educação mais reflexiva. Se antes formávamos profissionais de educação para trabalharem com o conteúdo, hoje colocamos a biologia dentro de um contexto, buscando extrapolar os livros”, explica.
De acordo ainda com a docente, o papel dos livros didáticos na formação cultural dos alunos é relevante e os professores precisam estar aptos para trabalhá-los em sala de aula. Para ilustrar a importância desses materiais no cotidiano das crianças, Christiane Gioppo destaca um caso que se tornou conhecido nacionalmente, em 1996, quando um garoto de Andradina (SP), após aprender na escola como agir em caso de picada de cobras, acabou falecendo por conta da adoção de medidas incorretas: “O garoto cortou o braço seguindo as indicações que havia aprendido no livro didático e sofreu uma infecção generalizada. O atestado de óbito trouxe como causa da morte o ‘livro didático’, fato que acabou motivando a reflexão e revisão dos usos desses materiais em sala de aula”.
Cronograma de atividades
No total, serão quatro oficinas, cada uma delas contando com até 40 professores. As atividades serão realizadas durante todo o dia e estão previstas para iniciarem às 8h.
10/02 – Corumbá
Espaço Educacional, a partir das 8h
13 e 14/02 – Miranda
Câmara Municipal, a partir das (já as atividades práticas serão na Ong Refúgio dos Bugios).
16/02 – Anastácio
(a confirmar)
Hendryo André
Assessoria em Comunicação
ITTI – Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura
Ao todo, 160 profissionais da rede pública de ensino dos três municípios devem ser capacitados
Professores da rede pública de ensino de Corumbá, Miranda e Anastácio vão participar de uma oficina sobre educação ambiental, entre os dias 10 e 16 de fevereiro. Divididos em quatro grupos, cerca de 160 profissionais devem ser beneficiados durante o encontro (confira a programação no final do texto). A atividade é mais uma das ações do Programa de Educação Ambiental (PEA) que acontece durante as obras de recuperação e implantação de acostamentos na BR 262, no trecho entre Anastácio e Corumbá (284,2 km).
A gestão ambiental no empreendimento é supervisionada pela Coordenação Geral de Meio Ambiente (CGMAB) do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em cooperação com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI).
O objetivo das oficinas é instigar que os profissionais de educação, por meio da produção de fotografias, agucem a percepção ambiental, a partir da identificação de aspectos que caracterizam o Pantanal. Com duração de 16 horas, o curso será dividido em duas etapas, sendo a primeira delas realizada na próxima semana e a segunda em abril. No intervalo entre os encontros, os professores em conjunto com os alunos vão executar atividades que serão apresentadas ao público na segunda fase do curso, com uma exposição fotográfica.
Para a professora da UFPR responsável pelas oficinas, Christiane Gioppo, a primeira etapa do projeto será fundamental à capacitação dos professores. A intenção é caracterizar melhor o Pantanal, a partir do mapeamento do bioma e de sua relação com o campo da cultura, especialmente com o folclore. “Essa escolha ocorreu por conta do caráter interdisciplinar que possibilita conciliar a percepção ambiental com a formação cultural dos professores”, comenta a docente.
Livro-jogo
Com experiência em trabalhos com livros didáticos desde 1995, Christiane Gioppo desenvolve materiais pedagógicos alternativos para estórias virtuais ou impressas, conhecidas como aventura-solo. Usando a noção de links, esse tipo de livro possibilita que a leitura dos capítulos seja realizada de forma aleatória, o que possibilita que o aluno tenha maior autonomia para escolher “caminhos” durante a aprendizagem, conforme sua curiosidade. No final da experiência com os professores dos três municípios sul-mato-grossenses, deve haver o desenvolvimento e publicação de um material destinado exclusivamente à região.
Para atingir tal proposta, a professora Christiane Gioppo usará alguns trabalhos já realizados, como um livro-jogo “Um novo começo” (download da versão em PDF), cuja história trabalha a visita do Saci-Pererê a diversos biomas brasileiros. “O Saci é famoso por ser uma entidade que conhece e preserva as matas e no livro ele está em busca de uma área preservada para habitar. Só que no livro ‘Um novo começo’ ele passa pelo Pantanal e não fica, pois considerou que a região é muito diferente da que ele foi originado. A intenção é que os professores encontrem aspectos importantes da natureza do Pantanal, fotografem e convençam o Saci a ficar mais tempo por lá. Para isso, vamos discutir e conhecer outras versões dessa lenda e lançar um desafio para esses professores: quais aspectos do Pantanal fariam com que o Saci pudesse escolher ficar nesse bioma? Quais alternativas seriam viáveis para que ele não fosse embora?”, indaga.
Os conteúdos trabalhados na oficina deverão ser replicados pelos professores em sala de aula, bem como servir de base para a construção da nova publicação.
Livro didático para a formação de professores e alunos
Doutora em Educação em Ciências pela Universidade do Estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, a professora alega que essa metodologia de trabalho investe na ruptura do modelo tradicional de educação e auxilia tanto alunos quanto docentes. “Antigamente, os professores recebiam uma formação mais técnica para usar os livros didáticos. A nossa ideia é promover uma educação mais reflexiva. Se antes formávamos profissionais de educação para trabalharem com o conteúdo, hoje colocamos a biologia dentro de um contexto, buscando extrapolar os livros”, explica.
De acordo ainda com a docente, o papel dos livros didáticos na formação cultural dos alunos é relevante e os professores precisam ter formação adequada para trabalhá-los em sala de aula.
Cronograma de atividades
No total, serão quatro oficinas, cada uma delas contando com até 40 professores. As atividades serão realizadas durante todo o dia e estão previstas para iniciarem às 8h.
10/02 – Corumbá
Espaço Educacional, a partir das 8h
13 e 14/02 – Miranda
Câmara Municipal, a partir das (já as atividades práticas serão na Ong Refúgio dos Bugios).
16/02 – Anastácio
(a confirmar)
Hendryo André
Assessoria em Comunicação
ITTI – Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura
(41) 3226 6658 | [email protected]
